Projecto de Investigação "A Lua"
Sala A / Pré-escolar
Projecto de investigação “A Lua”
Sala A/Pré-escolar
Como surgiu?
A partir do conto da história “A que sabe a Lua?”, o Guilherme levantou uma questão: “De que é feita a Lua?” e partilhou com os colegas e Educadora os seus conhecimentos sobre a Lua : “A Lua é um satélite. A Lua gira à volta da Terra e faz o eclipse.” No entanto, a grande questão mantinha-se: “A Lua é feita de queijo? Guilherme”, “A Lua é feita do mesmo material das nuvens? Rita”
Iniciou a sua pesquisa em livros, descobriu as características e as fases da lua. Eis algumas conclusões que o Guilherme chegou:
“A Lua é feita de rochas vulcânicas. A Lua brilha no céu. O Homem já pisou a Lua. A primeira vez foi em 1969 e o astronauta chama-se Neil Armstrong.” “A Lua tem manchas que se chamam mares. As rochas que flutuam no espaço são os meteoritos, eles batem na Lua e fazem buracos que são as crateras.”
No livro, o Guilherme também observou o planeta Terra e a Lua desenhada à sua volta com diferentes formas e viu um mapa com as fases da lua. Então decidiu: “Quero fazer isto.” Em colaboração com a família, todos os dias, durante quatro semanas, observou o céu e fez o registo do que via. Analisou o seu registo e desvendou as quatro fases da lua.
“Em alguns dias não havia a lua, só havia estrelas e nuvens. Depois começou a aparecer a lua: primeiro metendo a mão parece a letra de Denys, depois começou a ficar gordinha, ainda mais até ficar lua cheia. Depois começou a diminuir até ficar uma lua em forma de C.” Guilherme
O projecto de investigação “A Lua” apoiou-se na motivação intrínseca do Guilherme de descoberta sobre o mundo que o rodeia. John Dewey (1859-1952), na sua perspectiva humanista de educação, já afirmava que “Um autêntico projecto encontra sempre o seu ponto de partida no impulso do aluno” .
Segundo Lilian Katz, o projecto é um estudo em profundidade de um determinado tópico que uma ou mais crianças levam a cabo. O projecto dá ênfase à participação activa das crianças nos seus próprios estudos.
Os projectos encorajam as crianças a tomarem as suas próprias decisões e a fazerem as suas escolhas, em cooperação com os colegas, sobre o trabalho a ser realizado. Esta liberdade é essencial para o exercício da participação. A criança com poder de intervenção pode escolher cursos diferentes de acção, o que não acontece através de determinações externas, que a comandam no que fazer, quando fazer e como fazer.
O poder da escolha real requer, assim, liberdade e democracia. Estas estão “no coração das crenças, valores e princípios da Pedagogia-em-Participação”.
A abordagem de projecto oferece às crianças um ambiente de aprendizagem que desenvolve o sentido da sua competência e valor. O papel do adulto é de incentivar e apoiar, também de fazer sugestões e relembrar sobre as alternativas de que dispõe.