Os primeiros (com)passos na música
Actividades de enriquecimento curricular
“A música é única para os seres humanos e, como as outras artes, é tão básica como a linguagem para a existência e o desenvolvimento humanos. (…) E, o que é mais importante, através da música as crianças são mais capazes de desenvolver a sustentar a sua imaginação e criatividade ousada.”
Edwin Gordon, 2000
As expressões artísticas, tal como a música, são uma vertente privilegiada na prática pedagógica do Centro Social de Azurva. Como afirma o criador da Teoria da Aprendizagem Musical Edwin Gordon, que clarifica e enfatiza o modo como crianças muito pequenas aprendem e compreendem música, vida e arte não podem ser considerados pólos à parte, porque “arte é vida e vida é arte.”
Logo, se quando uma criança nasce, o seu potencial de aprendizagem é máximo e decresce na ausência de estímulos convenientes, podemos afirmar que se estiver exposta num ambiente desafiador e rico, nomeadamente ao nível musical, maiores serão as possibilidades da sua aptidão musical evolutiva ser elevada.
É com base neste princípio que, também neste ano lectivo, propusemos sessões de música para as crianças da Creche e do Pré-escolar que se iniciaram no dia 19 de Outubro. O projecto pedagógico “Eu e a música a crescer…os primeiros (com) passos, proposto pelos dois professores, tem como fundamentação teórica o autor que temos vindo a citar. As sessões são dinamizadas com actividades que passam pelo canto, dança, movimento, audição de música ao vivo, exploração e criação de instrumentos musicais a partir de objectos do quotidiano, bem como jogos musicais e exploração do som.
Apesar da música estar sempre presente, não só nas Orientações Curriculares para o Pré-escolar, mas também nas Experiências-chave de Creche, ela encontra-se quase em todas as actividades do dia-a-dia, porque a música é muito mais do que somente pautas escritas, cds, concertos ou o desempenho de um instrumentista. Ao oferecermos música a um bebé não pretendemos que ele se transforme num génio musical…queremos só que ele desenvolva uma vertente indispensável ao seu desenvolvimento.